TEATRO E CINECLUBISMO PARA ALÉM DA CENA




 

Durante o II Festival de Teatro Universitário Ponto de Vista: Para Além da Cena o filme “Luíses – Solrealismo Maranhense” foi exibido para estudantes do ensino médio e universitário, como estratégia para o fomento ao debate sobre a produção teatral e cinematográfica.


O filme trás identidades dos vários “Luíses” que podem ser encontrados na capital maranhense, cada qual com suas peculiaridades, mas que constituem múltiplas representações do povo ludovicense. 
Abordando temáticas sociais e políticas, a produção audiovisual retratas a vida cotidiana de quem sofre com as mazelas de uma cidade desassistida pelo poder público, fazendo referência ao sol, elemento natural que engendra uma das principais características local: o calor.

“O solrealismo vê o despertar da consciência de si e do outro através do tão temido e amado sol. Que ele queime o sistema e o descasque assim como faz com a nossa pele, que faça sair e vir à tona o que há de fétido e o que está escondido. Que brote uma nova consciência e sede de mudança. O corpo social não aguenta mais a velha pele morta das estruturas vigentes, é preciso um respiro, é necessário descartar as células que sufocam e nos impedem de crescer. O povo deve colocar-se à luz do solrealismo.”. 

Um pé no presente e outro no passado, “Luíses” constrói sua narrativa fazendo menções ao documentário “Maranhão 66”, do cineasta Glauber Rocha, e do presente, mostrando situações da calamidade na saúde pública, as várias situações de irregularidade fundiária, a imagem negativa apresentada aos turistas, o caos na mobilidade urbana, as tragédias decorrentes da corrupção política, etc.

Mas afinal, o que tem haver o audiovisual com o teatro?

A proposta do Festival Ponto de Vista foi discutir o teatro “Para Além da Cena”. Nesse sentido, a efervescência da produção audiovisual maranhense foi preponderante e decisiva na discussão do papel de cada cidadão enquanto ator social e modificador da realidade social, política e cultural maranhense. 

Com um olhar para além de atores e atrizes, Luíses mostra o papel e compromisso que produtores teatrais assumem na discussão da situação social, ainda mais quando se trada de uma produção com recortes da realidade. Com finalidade cineclubista, após a exibição, provocou-se intensos debate entre os estudantes, professores e a comunidades, atenuando qual o papel de cada um na cena da vida real, tanto na construção da democracia representativa quanto nos direitos das “minorias”. Todos são Luíses! Essas foram as conclusões.


FONTE: MAURÍCIO D’PAULA E ÉGUAS COLETIVO AUDIOVISUAL

FOTOS: EDU AGUIAR E ÉGUAS COLETIVO AUDIOVISUAL
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